domingo, 1 de maio de 2011


Poucos meses após o término do nosso namoro, eu ainda me encontrava triste e magoada, mas ainda sim conformada. Em um dia comum, meu telefone tocou, e uma voz conhecida me implorava para ir ao hospital da cidade; era a mãe dele. Com a maior rapidez que pude, me dirigi até o tal hospital. Ao me ver, sua mãe veio aos prantos, me dizer que ele havia sofrido um acidente, e perdido muito sangue. Disse também que Deus a iluminou, fazendo-a lembrar de uma conversa nossa, onde eu disse que possuia o mesmo sangue dele. Sim, eu possuo. Foi a minha resposta. No mesmo instante, ela abriu um sorriso, seguido de mais algumas lágrimas. Meu filho te fez muito mal, eu sei disso. Mas eu peço, eu imploro que você doe um pouco do seu sangue á ele. É o pedido de uma mãe desesperada. Não foi fácil ouvir aquelas palavras. Mas eu tinha que fazer. Minha mãe preencheu os papéis de permissão, eu fiz os exames e já estava na ‘cama’, com a agulha dentro de minhas veias, tentando salvar a vida do homem que eu mais amei, e mais me machucou. A transfusão foi feita, ele já esta melhor, e quer falar com você. “Você não precisava ter feito isso. Não por mim. Eu já te fiz derrubar muitas lagrimas, não era justo te fazer ‘derrubar’ sangue também. Eu não merecia. Mas mesmo assim, obrigada. Isso será levado pra sempre comigo, assim como o nosso amor. Eu te am…” O remedio fez efeito, ele entrou em um sono profundo. Fui embora, nunca mais o vi. Recebi uma mensagem hoje: “Não sei se você lembra, mas hoje faz 6 meses que você salvou a minha vida. Eu não te esqueci. Eu te amo.”
“Estamos a 1500km de distância agora… Tarde demais.”

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